Jornal Arquitectos [J-A]
Design: Pedro Falcão
Infra-Estrutura
05.03.2007
A acção infra-estrutural sobre o território é uma das faces mais visíveis da integração de Portugal na Comunidade Europeia em meados dos anos oitenta. Esta acção, cuja matriz é essencialmente a da circulação viária, que se prolongou intensamente até hoje, coincidiu com uma viragem no debate disciplinar em torno da importância da infra-estrutura na cidade contemporânea.
Este modo de proceder foi e será sempre vital para que a arquitectura possa incorporar o carácter positivamente transformador que a sociedade lhe reivindica.
A partir dos anos noventa, nas cidades com maior capacidade de investimento, a estratégia arquitectónica da acção cirúrgica na cidade deu lugar à acção infra-estrutural como suporte de real transformação urbana.
Em Portugal a infra-estrutura não está, geralmente, associada à arquitectura, e muito menos a um significado cultural.

Este número do JA circunda o tema a partir de um conjunto de textos, projectos e de uma conversa com Eduardo Souto de Moura, o arquitecto responsável pelo Metro do Porto.
Fernando de Mello Franco e Marta Bogéa são os editores do Vírus, elaborado a partir de São Paulo, que extrapola o pensamento infra-estrutural para a arquitectura, arte e arquitectura da paisagem.

Na secção Crítica Nuno Lourenço reflecte sobre o facto de a infra-estrutura ser “uma segunda natureza” enquanto António Pérez Babo percorre os paradoxos que envolvem a infra-estrutura dos transportes e constata o desequilíbrio de investimento entre as várias opções possíveis.
Fernando Travassos indaga sobre qual o modelo de acção no território para o caso do Alqueva, no momento em que se anunciam inúmeros projectos turísticos para o maior lago artificial da Europa em pleno Alentejo.
Nuno Grande conduz-nos pela arquitectura de matriz tecnológica (mas essencialmente optimista e utópica) a partir do Pavilhão da Serpentine Gallery construído no verão passado em Londres, concebido por Rem Koolhaas e Cecil Balmond.

Na secção Projecto encontramos a dupla catalã Batlle i Roig, com um projecto de infra-estruturação da paisagem a partir do tema da reciclagem do lixo, no Vall d’en Joan, e um outro que assenta na conversão de uma estrada circular em Barcelona em Parque del Tramvia.
O projecto dos Centros de Apoio e Manutenção, da dupla aNC, que se implantam nos nós das auto-estradas do Norte, constituem uma incursão disciplinar no tema do módulo (e da repetição) e da relação directa da arquitectura com a infra-estrutura rodoviária.
A reorganização do Porto de Ponta Delgada, da autoria do Risco, cuja base de acção infra-estrutural é a construção do cais para cruzeiros, assume-se como tema de revitalização da frente marítima da cidade.
Manuel Aires Mateus e Frederico Valsassina conceberam a nova ETAR do vale de Alcântara em Lisboa, perseguindo uma lógica topográfica e propondo uma nova utilização da cobertura do conjunto.
Paulo Mendes da Rocha concebeu para a Universidade de Vigo, uma peça que percorre todo o campus numa cota elevada estabelecendo ligações pedonais com os vários departamentos e jardins numa acção infra-estrutural que reinventa o significado dos edifícios e da topografia acidentada do recinto.

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