Coimbra intervém no centro para melhorar mobilidade
29.11.2006
A câmara de Coimbra prepara uma intervenção de fundo para atenuar os problemas de mobilidade no centro da cidade. A construção de uma ligação directa da zona de Celas/Conchada à circular interna e a supressão de um dos sentidos na Rua da Sofia -artéria da Baixa dos colégios onde nasceu a Universidade e se projecta venha a ser área exclusivamente pedonal - são duas das medidas, a adoptar a "curto prazo" pela autarquia.
No entanto, "é determinante gerir o estacionamento automóvel", no âmbito do qual estão também previstas intervenções, revela o presidente do município. "A gestão do aparcamento é fundamental para a resolução dos problemas" de circulação na área central da cidade, designadamente, dos transportes colectivos, que "são a nossa prioridade", sustenta Carlos Encarnação.
Para breve, está ainda o aumento do estacionamento pago, abrangendo mais de um milhar de lugares na via pública ainda não taxados. É certo, reconhece o autarca, que isso não basta e continuam por resolver casos como o aparcamento no centro histórico da Universidade (Pólo I) e, particularmente, nos Hospitais da Universidade, cujo recinto recolhe sem custos cerca de três mil veículos. Mas este é um espaço sobre o qual a autarquia não pode intervir, nem tem conseguido fazer com que as sucessivas administrações hospitalares alterem a sua atitude.
Estas e outras questões foram suscitadas num debate promovido pelo Conselho da Cidade e durante o qual Álvaro Seco, investigador de Urbanismo, Ordenamento do Território e Transportes, defendeu, designadamente, a abertura da via central, na Baixa da cidade. Este eixo, previsto para receber o projectado metropolitano de superfície, deve ser criado, venha ou não a ser instalado aquele meio de transporte, sustenta. Encarnação concorda, assim como subscreve a ideia da criação de estacionamento subterrâneo na Praça da República e no Largo D. Dinis (Pólo I da Universidade).
Subordinado ao tema genérico "transportes e mobilidade", o debate, na noite de segunda-feira, centrou-se, contudo, na extinção da Ecovia (serviço de estacionamento com transporte, em mini-bus, para o centro da cidade), recentemente aprovada pela Câmara.