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Reabilitação na mão dos jovens
13.03.2007
Vários projectos de arquitectura destinados à reabilitação da zona histórica do Porto estão em exposição no edifício da Porto Vivo. Trata-se do projecto de intervenção da cooperativa SACHE e que pode ser o pontapé de saída para mais investimentos do género.
A Porto Vivo SRU (Sociedade de Reabilitação Urbana) e a SACHE (Solidariedade e Amizade Cooperativa de Habitação Económica) inauguraram ontem uma exposição com projectos de arquitectura destinados à Reabilitação Urbana na zona histórica do Porto. Os edifícios foram adquiridos pela SACHE na sequência de um concurso de ideias para apresentação de projectos.
Pedro Dias Ferreira, presidente da Direcção da SACHE, elogia o trabalho dos arquitectos envolvidos: "São mais ou menos jovens, mais ou menos conhecidos. Estão aqui expostos os que ganharam, e também os que não ganharam. É apenas um pequeno passo, uma forma de divulgarmos o trabalho destes arquitectos, que eles fizeram de forma tão desprendida para nós". Já Brandão Alves, director da cooperativa SACHE, salienta um dos projectos de reabilitação expostos. Segundo diz, trata-se de um "edifício que faz fronteira com o antigo claustro da Sé do Porto e encosta a diversos edifícios já reabilitados. Tem três frentes e os edifícios estavam interligados", frisando que "descobrimos os portais de ligação, bastante antigos, ligações com séculos de existência. Há também inscrições iconográficas e religiosas, além de túmulos ou jazigos, já que antigamente os cemitérios se encontravam nos claustros". Mas o responsável da SACHE recorda a diversidade dos projectos expostos: "Há um outro, o da Travessa do Anjo, com uma linguagem mais arrojada, mas no qual encontramos um ritmo provocador. Mas achámos que não contrariava os princípios de salvaguarda do património."
Nas palavras de Rui Quelhas, administrador da Porto Vivo, esta exposição serve "para cativar todos os investidores num mercado pouco tradicional", lembrando que "esta cooperativa mostra que se pode ir para o centro histórico, comprar e reabilitar".

O carácter anónimo do arquitecto
O arquitecto Telmo Castro, autor do projecto da Rua do Corpo da Guarda, que obteve o 1.º prémio, afirma que "este tipo de iniciativas ajudam a dar alguma visibilidade, e também mostram à sociedade civil que as pessoas estão preocupadas com isto". Telmo Castro frisa o anonimato do arquitecto neste processo. "Penso que a baixa da cidade foi feita por pessoas anónimas e esse carácter anónimo devia ser o papel mais importante do arquitecto numa intervenção do centro histórico", disse.
O vereador do Urbanismo da Câmara do Porto, Lino Ferreira afirmou que "o problema de habitação das classes mais necessitadas passa pelas cooperativas" e que "o papel do Estado é apoiar estas realizações. A reabilitação da baixa está na mão da juventude".

A exposição está patente até ao próximo dia 23 de Março.

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