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Portugal na Quadrienal de Praga com 'Arquitecturas de Palco'
05.06.2007
O Projecto está orçado em 300 mil euros e foi ontem apresentado em Lisboa
Funcional, rigorosa e racional, mas com uma escala humana. Pensada para ser vivida pelos intérpretes dos espectáculos, com uma rara capacidade de se transformar e reciclar. Assim se poderia descrever em breves palavras a cenografia do arquitecto João Mendes Ribeiro, que de 14 a 24 de Junho vai representar Portugal na 11.ª Quadrienal de Praga.

Apresentado ontem em Lisboa, na Sala Estúdio do Teatro Nacional D.Maria II, o projecto chama-se "Arquitecturas em Palco", foi desenvolvido nos últimos dois anos com o Instituto das Artes (agora DGA-Direcção-Geral das Artes) e reúne 16 cenografias de João Mendes Ribeiro e dois filmes: um sobre a sua obra de 1996 a 2007, outro intitulado A Sesta, da autoria da coreógrafa Olga Roriz.

Como explicou o arquitecto, o pavilhão português - que a ministra da Cultura vai inaugurar dia 15, seguindo-se uma performance da Companhia Olga Roriz - está instalado no Palácio Industrial de Praga e contempla dois espaços. No primeiro, rectangular, exibem-se os projectos cenográficos em 16 malas-mesa (as mesmas que Olga Roriz usou em Anjos, Arcanjos, Serafins, Querubins e... Potestades, de 1996). No segundo, reutiliza-se o dispositivo de Paisagens Invertidas, criado em 2002 para o congresso da União Internacional dos Arquitectos, em Berlim. Ali, no auditório adaptado, ficam os filmes.

Sem preocupações cronológicas, "Arquitecturas de Palco" apresenta, como referiu João Mendes Ribeiro, várias soluções arquitectónicas. Desde o palco dentro do palco ao espaço vazio, dos objectos como extensão do corpo às caixas que se transformam para dar lugar a novos cenários (como a fachada/interior de casa da coreografia Propriedade Privada).

Objectivo: internacionalizar
Orçada em cerca de 300 mil euros, a participação portuguesa no mais prestigiado festival internacional de cenografia só foi possível graças ao patrocínio da construtora Mota Engil - cujo apoio financeiro não chegou a 20%, mas se revelou fundamental em termos de apoio no terreno e montagem. Houve ainda outras contribuições, nomeadamente do Turismo de Portugal e da Almedina, que edita o catálogo bilingue.

Depois da participação noutras edições, mas não como representantes oficiais, de José Manuel Castanheira, João Brites, Nuno Carinhas e António Casimiro, o Ministério da Cultura aposta nesta montra para a "internacionalização da arte e dos artistas portugueses", segundo a ministra Isabel Pires de Lima. Que aproveitou ainda para, na presença dos directores da DGA e TNDMII, recor- dar a "péssima tradição de falta de diálogo" entre institutos e organismos do ministério, e esclarecer que a DGA mantém as funções do ex-IA.

Depois de Praga, a exposição segue para Barcelona (em Julho), São Paulo (Instituto Tomie Ohtake, coincidindo, em Outubro, com a Bienal de Arquitectura), Lisboa e Porto.

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