Esta exposição pretende reflectir as consequências que a Segunda Guerra Mundial teve sobre o ambiente construído, revelando traços desta arquitetura esquecidos durante anos sombrios.
Permanecendo até hoje numa área cinzenta, a dinâmica que liderou a pesquisa, inovação e construções feitas pelos arquitetos durante os anos de guerra é finalmente recuperada. Da destruição de Guernica pelos nazis em 1937 a Hiroshima e Nagasaki, em 1945, analisa-se o encontro dos arquitectos com a guerra numa base comparativa. É proposto um paralelo entre projectos realizados em França, Canadá, Alemanha, Itália, Japão, Espanha, Estados Unidos e União Soviética.
Desenhos, maquetes, objectos, fotografias, livros impressos e documentos de arquivo reflectem não só trajetórias de simples mobilização de profissionais do exército bem como na acção penal de políticos como Albert Speer e os seus cúmplices como Neufert. Experiências de testemunhas, resistente e prisioneiros são recuperados através de documentos comoventes.
A mobilização dos recursos da arquitetura é, assim, revelada, do projecto de fábricas às habitação dos trabalhadores e construção de abrigos ou territórios inteiros camuflados, para não mencionar a pesquisa pioneira para economia de materiais. A mudança da escala de projectos também surge aqui por meio de projectos gigantes como o Pentágono, Auschwitz, Peenemiinde ou Oak Ridge. Conhecendo modos extraordinários e por vezes provocadores de compromisso, a arquitetura passa durante a guerra um limiar crítico para a modernização dos seus procedimentos e formas.
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