ENCERRAMENTO DMA'14 . Membros Honorários
- Considerando a tradição em outorgar, no quadro das celebrações nacionais do Dia Mundial da Arquitectura, o Estatuto de Membro Honorário a pessoas singulares ou colectivas em razão de importantes contribuições no âmbito dos objectivos estatutários da Ordem;
- Considerando o respeito pela lógica associativa, o processo de revisão estatutária anterior e a adequação estatutária em curso bem como as recomendações decorrentes de Conselho Nacional de Delegados e de membros da Ordem dos Arquitectos(OA);
Atribui-se em 2014 o título de Membro Honorário a:
a)
Arqtº Luiz Sarmento de Carvalho e Cunha (Lisboa, 1933)
por proposta de membros devidamente identificados que sublinham a sua “originalidade, liberdade e elevado mérito do conjunto da sua actividade profissional”;
e
b)
Arqtº Manuel Correia Fernandes (Espinho, 1941)
Foi dirigente da AAP (1984/1986; 1987/1989; 1990/1992) e, na Ordem dos Arquitectos, Presidente do Conselho Nacional de Disciplina (2006/2008) e Presidente da Mesa da Assembleia-Geral (2009/2011).
Em 1972 começou a leccionar na ESBAP, depois FA-UP, até 2009. Nestas escolas foi membro e presidente eleito dos conselhos Directivo, Científico e Pedagógico e da Assembleia de Representantes. Em 2010, na qualidade de professor catedrático aposentado, deu a sua última aula, intitulada "Viagem", no Auditório Fernando Távora da FA-UP.
Recebeu, entre outros, o Prémio Nacional de Arquitectura da Associação dos Arquitectos Portugueses, em 1987, e o grau de Grande Oficial da Ordem de Instrução Pública, em 2005.
É vereador da Câmara Municipal do Porto.
c)
Arqtº Pedro Brandão (Lisboa, 1950)
Foi presidente da Associação dos Arquitectos Portugueses (1993-1995) na sequência do desempenho de diversos cargos directivos, designadamente o de Secretário do CDN e Presidente do Conselho Directivo Regional do Sul, desde a década de 1980. Foi presidente da Comissão de Ética do Conselho dos Arquitectos da Europa (1992-1993).
Coordenou a produção do “Livro Branco da Arquitectura e do Ambiente Urbano”.
Doutorado em Espaço Público e Regeneração Urbana (Universidade de Barcelona, 2005) é, actualmente, professor auxiliar do Mestrado Integrado em Arquitectura do Instituto Superior Técnico e professor visitante da Universidade de Barcelona.
É secretário-geral da Associação Europan Portugal.
d)
Arqtª Olga Quintanilha (Lisboa, 1942-2005) (a título póstumo)
esta proposta é reforçada por recomendação do Conselho Nacional de Delegados (2009/2011), que sublinha “o percurso pessoal, profissional e associativo da Arquitecta Olga Quintanilha, designadamente na condução do processo de criação da Ordem dos Arquitectos”.
e)
Arqtº Vasco Massapina (Lisboa, 1947-2012) (a título póstumo)
Foi Presidente do Conselho Directivo Regional Sul da Associação dos Arquitectos Portugueses (1993/1995) e Vice-presidente do Conselho Directivo Nacional da Ordem (1996/1998).
Integrou o Conselho Superior de Obras Públicas e Transportes, tendo sido presidente da 3.ª Secção - Urbanismo e Edifícios, membro da direcção da Federação Internacional de Urbanismo e Ordenamento do Território e eleito para o respectivo Bureau executivo e, em representação do Governo, perito do Comité Consultivo para a Formação no Domínio da Arquitectura na União Europeia.
Recebeu a Medalha do Colégio Oficial de Arquitectos de Madrid em 1995 e foi professor auxiliar convidado da FA-UTL de 1997 a 2002 onde leccionou a cadeira de Urbanismo II.
Foi vogal do Conselho Consultivo do Instituto Português do Património Arquitectónico, IPPAR.
Para além de diversos escritos, é autor de "O Risco do Arquitecto, Interesse Público e Autonomia da Profissão".
f)
Vasco Morais Soares (Porto, 1940)
Entre 1975 e 2000, assume funções directivas na Associação de Arquitectos Portugueses, tendo sido Presidente do Conselho Directivo Regional do Norte no triénio 1987-1989, depois de ter integrado as direcções dos quatro mandatos anteriores. Destaca-se o facto de ter sido, no mandato 1993-1995, o Presidente da Mesa da Assembleia Geral que coordenou a revisão estatutária e organizou o referendo à classe no que concerne a designação de “Ordem” e a votação do seu Estatuto.
Forma-se em arquitectura pela Escola Superior de Belas Artes do Porto em 1971. Entre 1971 e 1975, trabalha no Gabinete de Obras Públicas de Luanda, onde desenvolve projectos de Arquitectura e Urbanismo. Regressado a Portugal, dá continuidade como profissional liberal ao gabinete de seu pai, entretanto falecido.
c)
Waldemar José Valente de Sá (Porto, 1930)
Arquitecto, pela sua exemplaridade profissional e pela intensa participação nas actividades da OASRN, incluindo na elaboração do presente estatuto, emergindo como uma referência entre pares, como um exemplo de dedicação e compromisso com a Ordem dos Arquitectos que deverá ser apanágio de todos os membros. Este reconhecimento é um gesto de reciprocidade, em forma de agradecimento da OA, e de valorização do percurso profissional, cívico e associativo que desejamos que seja replicado.
A estes seis colegas, pelo reconhecimento de uma generosa e continuada actividade associativa, desde a Associação dos Arquitectos Portugueses até à Ordem dos Arquitectos. Os nomeados estiveram presentes no momento da consagração do estatuto de Associação Pública conferido à AAP em 1988 e promoveram o referendo em que os associados votaram a designação de Ordem e o novo estatuto, que veio a ser publicado em 1998. O seu desempenho em cargos dirigentes da organização profissional criou efectivas condições de possibilidade de transformar a AAP em OA.
Por outro lado, Vasco Massapina e Pedro Brandão integraram a Comissão Executiva dos Banhos de São Paulo, responsável pelo processo de instalação da sede nacional no edifício dos Banhos de São Paulo, há precisamente 20 anos.