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Quarta edição do estudo bianual sobre a profissão de arquitectura realizada pelo CAE | Conselho dos Arquitectos da Europa
20.02.2015
A quarta edição do estudo bianual sobre a profissão de arquitectura realizada pelo CAE | Conselho dos Arquitectos da Europa, envolveu um número recorde de organizações membros a participar, 26 dos 31 países membros do CAE num total de 18 000 arquitectos de toda a Europa (sendo Portugal o país em segundo lugar quanto ao número de participantes) - um esforço maciço o que, mais uma vez, proporciona uma base de dados estatisticamente fiável de informações para este relatório. A pesquisa confirma que a arquitectura é uma profissão crescente na Europa: o número de arquitectos aumentou 6% desde 2012. O crescimento está a ser  impulsionado pelos Países do Sul da Europa. Está a tornar-se uma profissão mais igualitária: as mulheres representam, actualmente, 39% dos arquitectos, a maior proporção alguma vez registada. Existem, no entanto, menos mulheres jovens (menos de 40 anos) do que nas pesquisas anteriores, talvez como consequência da crise económica.

A pesquisa deste ano mostra que a taxa de desemprego é a mais baixa desde 2012; existem, também, mais arquitectos que trabalham a full time na Europa este ano do que em 2012. O desemprego diminuiu também nos países onde número foi bastante significativo em 2012. Note-se, no entanto, que este continua a ser um problema sério para muitos arquitectos em vários países do sul da Europa.

Em pesquisas anteriores, vimos como a  profissão tem respondido ao impacto da crise económica. A arquitectura é uma profissão flexível que permite aos arquitectos estabelecerem-se por conta própria caso não encontrem oportunidades em escritórios privados. Este ano a pesquisa mostra que o número de pessoas solteiras a exercerem a profissão aumentou desde 2012 cerca de 22%, sendo que o número referente aos restantes géneros de prática desceu.

As receitas (lucros) globais são bastante semelhante aos níveis registados em 2012; ligeiramente inferior para sócios e directores, os mesmos números para freelancers e trabalhadores singulares e ligeiramente superior para arquitectos assalariados que trabalham por conta de outrem no sector privado e no sector público. Todos estes resultados têm como contexto uma situação económica bastante difícil e frustrante.
A procura de serviços de arquitectura permanece de certa forma silenciosa, com o sector da construção continuando a decrescer em alguns países. As últimas estatísticas disponíveis demonstram que na maioria dos países da zona euro não se verifica nenhuma mudança, ou uma queda, na construção.

Este ano há menos trabalho comercial do que em 2012 mas mais trabalho público.
Pela primeira vez, abordou-se os serviços transfronteiriços, passando pela formação, ensino e prática no estrangeiro. A arquitectura é uma profissão internacional: pelos menos 18% dos inquiridos fizeram parte da sua educação noutro país onde agora trabalham. Cerca de 35% equaciona seriamente trabalhar noutro país europeu no último ano, embora apenas 5 por cento, na verdade, tenha realizado essa vontade.

Aliado a um rendimento (salário) estável e um crescimento de receitas, os arquitectos parecem estar a resistir a esta longa tempestade económica. É encorajador verificar e registar que os arquitectos estão mais optimistas este ano do que em qualquer um dos três inquéritos anteriores; mais arquitectos esperam que seu trabalho aumente em 2015 e, pela primeira vez na história deste estudo, o gráfico que demonstra este sentimento tem valores positivos. Arquitectos em países europeus da periferia são mais positivos, enquanto que os valores negativos são limitados a determinados países dentro da área da zona euro. Contudo, a atitude positiva parece estar a disseminar-se entre a profissão e a maioria dos países. O aumento do sentimento de confiança, desde a última pesquisa, parece ser substancial e convincente.

Em Portugal torna-se preocupante verificar o exponencial crescimento do número de arquitectos, 17 100 em 2012 contra 21 200 em 2014, num mercado que desceu no mesmo intervalo de tempo de 261 para 177 €m. É natural por isso que a percentagem de arquitectos a exercer funções tenha descido em todas as categorias excepto no poder local que emprega agora 21% dos arquitectos em funções. Os lucros recebidos por ateliers concentram-se sobretudo em ateliers mais pequenos. Os ateliers com 6 a 10 arquitectos viram de 2012 para 2014 reduzir os seus lucros a menos de metade o que fez aumentar e rentabilizar o trabalho individual.

Conheça aqui a totalidade do estudo.



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