A lista foi ontem tornada pública em cerimónia realizada no Museu do Dinheiro do Banco de Portugal. A cerimónia contou com a presença dos comissários, patrocinadores e convidados. Os arquitectos com obra seleccionada receberam uma peça que assinala a sua presença na selecção 12-14 do Habitar Portugal.
Às setenta obras distribuídas em cinco categorias em território nacional (Área Metropolitana de Lisboa, Área Metropolitana do Porto, Norte, Sul, Ilhas) somam-se dez outras distribuídas em território internacional em lugares tão díspares como Angola, Alemanha,Cabo Verde, China, Colômbia, Emirados Árabes Unidos, Grécia e Kuwait.
De acordo com os comissários desta selecção “Habitar Portugal 12-14 pretende ser um olhar sobre a produção arquitectónica portuguesa do último triénio. O comissariado desta edição propôs um tema de fundo, um princípio de análise a partir do momento que o País vive a que, presumimos, a produção de arquitectura não será alheia. O tema proposto -
está a arquitectura sob resgate? - estabelece desde logo um lugar onde situar as obras e um enquadramento para as poder ver e analisar. Foi a partir destes pressupostos que o Habitar Portugal seleccionou um conjunto de obras que representem este contexto, este espaço específico de tempo. Habitar Portugal 12-14 reuniu um conjunto de mais de 400 obras em que se procurou entender a prática de arquitectura portuguesa destes três anos, os seus programas, contextos e condições. Este não é um prémio de excelência, é um prémio que pretende tornar evidente a exemplaridade de cada uma das obras escolhidas, a forma como representam a melhor realidade possível. Em tempos de escassez foi gratificante identificar a qualidade e diversidade deste conjunto de obras que manifesta, de forma evidente, a vitalidade da arquitectura portuguesa."
Nas palavras do Presidente da Ordem dos Arquitectos: "esta selecção irá revelar que, apesar do contexto em que se viveu e vive, a resistência e a persistência dos arquitectos bem como de muitos dos envolvidos na concretização de uma obra foram armas suficientes, convincentes e fortes, para permitir que a arquitectura portuguesa tenha persistido como uma referência do saber e do bem fazer, tão essenciais para atingir a qualidade que todos ambicionamos e para o reconhecimento internacional do país."
Esta edição Habitar Portugal 12–14 será divulgada através de duas exposições de carácter nacional em espaços de referência no Porto (Fevereiro de 2016) e em Lisboa (Outubro de 2016) e de um programa que compreende 12 exposições itinerantes em território nacional ao longo dos anos de 2016 e 2017.