A Ordem dos Arquitectos recepcionou uma comunicação por parte do Comité Central do Partido Comunista Português (CC-PCP), relativa à Carta Aberta publicada no passado dia 25 de Abril.
Na referida comunicação, o CC-PCP foi muito crítico da redacção da Carta Aberta por considerar que esta promove uma associação do PCP às dificuldades e contexto de trabalho dos novos Arquitectos e estagiários no percurso de acesso à OA e mesmo quanto à desqualificação da paisagem e do território, incluindo a especulação imobiliária, sendo que esta associação é redutora do papel desempenhado.
A Ordem dos Arquitectos reconhece o percurso e o contributo do PCP nas matérias relacionadas com o contexto da profissão de Arquitecto e do direito à Arquitectura.
É um facto que a actuação do PCP se caracteriza pela abertura ao diálogo e uma intervenção informada, balizada por posições de princípio coerentes com a história do partido.
O CC-PCP, na comunicação remetida, refere “que o PCP continuará a bater-se pelo direito à Arquitectura - o que passa por garantir que a Arquitectura é realmente exercida por arquitectos -, pelo direito dos arquitectos ao trabalho e salários dignos, e por uma prática de Arquitectura ao serviço da sociedade e do povo e não ao serviço dos interesses de quem pode pagar”.
A Ordem dos Arquitectos saúda a posição expressa pelo Comité Central do PCP, em coerência com a posição histórica assumida pelo partido, a qual espera que seja consequente na votação agendada para dia 4 de Maio, relativa ao Decreto da Assembleia da República n.º 196/XIII, de 3 de Abril de 2018, vetado por S. Ex.ª o Senhor Presidente da República.