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Diogo Lino Pimentel (1934-2019) / Luiz Cunha (1933-2019)
29.01.2019
Em dois dias sucessivos, nos passados 27 e 28 deste mês, morreram dois dos mais importantes Arquitectos da geração que a partir dos anos cinquenta divulgaram no nosso país a arquitectura moderna.
De facto os Arquitectos Diogo Lino Pimentel e Luiz Cunha foram na sua actividade dois intensos exploradores de abordagens e pesquisas linguísticas muito diferentes. Unia-os porém um trabalho muito centrado nas obras de arquitectura religiosa, enquanto programas onde um regime ávido do controlar o que se permitia fazer, condescendia uma maior liberdade ao trabalho dos Arquitectos.
Foi maioritariamente nesses programas que ambos trabalharam, explorando novos modos de trabalhar materiais, espaços e programas que tiveram um papel determinante nessa divulgação.
Foram os anos da intensa actividade do Movimento de Renovação da Arte Religiosa, um grupo reunido em torno de Nuno Teotónio Pereira e de João de Almeida, que a partir de 1952 se assumiu com grande número de iniciativas públicas.
Obras como as do Seminário Dominicano do Olival, em Ourém (1964-65), ou a igreja paroquial de Santa Joana a Princesa (1980-2001), ou a pousada de Alcácer do Sal (1994-98) são exemplos da arquitectura de Diogo Lino Pimentel. Uma arquitectura contida mas sempre atenta às condicionantes dos lugares, bem expressas também nos projectos apresentados aos concursos para a igreja do Sagrado Coração de Jesus (em 1962) ou para a Sé Catedral de Bragança (em 1964, 2º lugar), ou na sua longa e atenta presença como consultor da Câmara de Sintra, vila a que sempre esteve muito afectivamente ligado. Desempenhou ainda intensa actividade em diversas direções do Sindicato e da Associação dos Arquitectos.
As obras de Luiz Cunha sempre se caracterizaram por uma linguagem formal muito mais expressionista iniciada na Escola Francesa (1961-63), no Centro Social de Nª Sª do Perpétuo Socorro (1964-73), na igreja do Carvalhido (1966-72), ou no Centro Paroquial de Nevogilde (1968-70) todas no Porto, e depois continuada numa sempre crescente exuberância da igreja do Cristo-Rei (1983-92) na Portela de Sacavém, ou no Edifício de Pós Graduações da Universidade Católica (1990-95) em Lisboa. Uma exuberância bem expressa numa proposta para a reabilitação de Angra do Heroísmo (1980), ou em múltiplos outros trabalhos onde a sua capacidade de expressão gráfica sempre se destacaram.
É a memória de toda essa geração de Arquitectos saídos das duas Escolas depois do 2º pós guerra, empenhados naquilo que foi a importante reunião da classe expressa no Congresso de 1948 que a OA irá distinguir num programa que irá em breve divulgar.

José Manuel Pedreirinho


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