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Victor Consiglieri (1928-2019)
12.04.2019
O arquitecto Victor Consiglieri faleceu a poucos dias de completar 91 anos. O funeral realizou-se esta sexta-feira, dia 12 de Abril, às 11h30 no cemitério dos Olivais, em Lisboa.



Victor Consiglieri (5-5-1928 / 10-4-2019) diplomou-se em arquitectura pela Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa (1956) e em Técnicas Modernas de Construção pela Association pour l’ Organisation des Stages em France – Centre Scientifique et Technique du Bâtiment de Paris, CSTB (1964-1965). Fez o curso de Normalização e Regulamento de Acústica de Edifícios e o Curso de Arquitectura de Habitação, ambos do LNEC. Doutorou-se pela Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa (1993).

Iniciou a actividade profissional ainda estudante como arquitecto tirocinante na Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais do Ministério das Obras Públicas (1954), onde trabalhou nas Habitações Económicas e colaborou nos projectos para os bairros Silva Porto (Benfica) e de Queluz (1954-1956).

Trabalhou na 3.ª Repartição de Arquitectura da Direcção dos Serviços de Salubridade e de Edificações Urbanas da Câmara Municipal de Lisboa (1956-1962) e nos Serviços de Urbanismo e Habitação do Ministério do Ultramar (1962-1966). Pelo meio, com uma bolsa concedida pela Embaixada de França, radicou-se em Paris (1964-1965), diplomou-se no CSTB e trabalhou na Societé d’ Urbanisme et Arquitecture Boileau – Labourdette et Associés com uma outra bolsa proveniente do Ministério do Ultramar.

Ingressou então nas Habitações Económicas – Federação das Caixas de Previdência (1966-1976), tendo trabalhado na análise de projectos de habitações sociais e na apreciação de projectos de habitações a construir ao abrigo da lei 2092 de 9 de abril de 1958 – que estabelecia as modalidades de cooperação de instituições de previdência, das Casas do Povo e das suas federações no fomento da habitação (construção para arrendamento ou alienação de casas económicas e de casas de renda livre através de concessão de empréstimos para construção ou beneficiação de habitação própria).

Com a extinção das Habitações Económicas – Federação das Caixas de Previdência, transitou para a Comissão dos Edifícios de organismos dependentes do Ministério das Corporações e Previdência Social (1973- 1974) e, ainda em 1974, para a Comissão dos Equipamentos Colectivos da Secretaria de Estado da Segurança Social, onde exerceu uma intensa actividade na elaboração de projectos de creches, jardins-de-infância e centros de dia para a Terceira Idade.

Exerceu a actividade docente no departamento de arquitectura da Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa (1976-1979), na Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa (1976-1997), na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa (1994-1995), na Universidade Lusíada de Lisboa (1994-1997) (1994 e 1995 em colaboração com o arquitecto Rui Barreiros Duarte), na Universidade Moderna de Lisboa (1997-1999) e no departamento de planeamento biofísico e paisagístico da Universidade de Évora (2004-2005).

Exerceu, igualmente, actividade como profissional liberal, tendo projectado um diversificado conjunto de moradias e de edifícios públicos, de equipamentos sociais (sede da Agência Militar no Largo da Sé em Lisboa (em colaboração com o arquitecto Artur Florentino), edifício da GNR em Almodôvar e projectos para os edifícios da GNR em Alvaiázere e Reguengos de Monsaraz) e realizado projectos para organismos oficiais dos seguintes edifícios: Escola Agrícola em Cabo Verde, Igreja em Moçâmedes (Angola), infantários e creches em Sousel, Fronteira, Maiorga, Queluz, São João do Estoril, Fermentões-Guimarães e Arraiolos (projectos); Centros de Dia na Baixa da Banheira (projecto), Mora (Anteprojecto) e Casa-Memória de Camões em Constância.

Foi colaborador das empresas Grão-Pará, Proconstrói e Empresa Turística Sousa Machado.

É autor do desenho urbano e do enquadramento urbanístico de um conjunto habitacional em Corroios (Proconstrói), em colaboração com o arquitecto Paiva Lopes; do estudo das cérceas e implantações na Quinta de Montalegre (Câmara Municipal de Lisboa), projecto desvirtuado; do planeamento de cérceas, implantações e tipologia de fogos na Quinta de Belmonte (Câmara Municipal de Lisboa), não realizado; de um conjunto turístico, de um centro hípico, de um pavilhão turístico e de um depósito de água (obra incompleta), todos na Aroeira.

É autor do mobiliário para o Estabelecimento Prisional de Pinheiro da Cruz e para a Cadeia Comarcã do Porto (Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais do Ministério das Obras Pública).

É autor das obras “A Morfologia da Arquitectura (1929-1970) ”, “As Significações da Arquitectura (1920-1990) ”, “As Metáforas da Arquitectura Contemporânea”, “A Morfologia da Arquitectura I” e a “A Morfologia da Arquitectura II” e de artigos especializados nas revistas “Jornal Arquitectos”, “Arquitectura”, “Arquitectura Portuguesa” e “Nexus Network Journal” (com Luísa Consiglieri). Fez parte da comissão directiva da revista “Arquitectura Portuguesa”.

Foi membro do Sindicato Nacional dos Arquitectos (1956-1978), da Associação dos Arquitectos Portugueses (1978-1998) e da Ordem dos Arquitectos (desde 1998).



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