No passado dia 29 foram anunciados os resultados do “Premio di Architettura F. L. Catel” na sede da Ordem dos Arquitectos de Roma. O concurso internacional aberto a arquitectos com menos de 35 anos, procurava ideias para o quarteirão de Esquilino, onde se localiza o mais importante nó de transportes públicos de Roma (Termini) e locais de culto como Sta. Maria Maggiore ou S. Giovanni in Laterano.
Depois de ter sido a única equipa sediada fora de Itália a ser seleccionada para a 2ª fase, o ateliermob obteve o 2º lugar.
A proposta partia de uma reflexão sobre como as cidades históricas ao longo do tempo têm vindo a ser construídas por camadas que se vão sobrepondo. Em Roma pode-se constatar que a primeira preocupação da civilização emergente era alterar ou esmagar a antecedente. Com a emergência das ciências sociais que estudam o passado e consequente valorização da memória, a história e o património, as cidades como Roma ficaram sem uma estratégia urbana para os seus centros que não passasse, exclusivamente, pela musealização. Esta musealização tem momentos extraordinários como quando, na 2ª Grande Guerra Mundial, o património edificado é poupado da destruição, tido como um acto humanista, ainda que a barbárie sobre os seus habitantes se fizesse sentir nas ruas.
Desta reflexão resulta uma proposta que se pretende provocadora, a partir de um edifício que condensa as diferentes necessidades do bairro de Esquilino estabelecendo um edifício-ponte sobre as inúmeras linhas férreas que obstaculizam o fruir da cidade.
A cerimónia contou com a presença do presidente da Ordem dos Arquitectos de Roma, do presidente da Fondazione Catel e do vereador do urbanismo da cidade de Roma.
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